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Transformação digital já chegou às consultorias, diz especialista em inovação

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Durante dois anos (2020-2022), populações de várias partes do mundo foram obrigadas a manter distanciamento físico e a trabalhar, sempre que possível, remotamente. A transformação digital, que ainda está em andamento, se tornou mais urgente em grande parte pela pandemia de Covid-19, com empresas buscando aprimorar a agilidade de seus processos, bem como a tomada de decisões orientadas por dados.

De acordo com Rodrigo Miranda, especialista em inovação e diretor de operações da G.A.C. Brasil, mais do que colocar em evidência empresas que estão digitalizando vários de seus departamentos, o enfrentamento da doença expôs negócios que estavam muito atrasados do ponto de vista tecnológico, evidenciando uma necessidade urgente de mais investimentos em tecnologia para buscar novos resultados. Com isso, empresas de diversos setores passaram a investir no desenvolvimento de novos produtos, processos aprimorados e serviços que permitem que se crie recursos, valor comercial e adesão à transformação.

Miranda, entretanto, chama atenção para um contrassenso em seu próprio segmento de atuação. “Cabe às consultorias incentivar as empresas a adotarem melhores práticas e buscarem inovações de forma contínua e ininterrupta. Mas elas, que integram um segmento que lida com um sem-fim de planilhas e muitos processos manuais, têm baixa inovação – principalmente do ponto de vista tecnológico. É preciso modernizar também esses processos”.  

O objetivo da plataforma MyG.A.C. é acrescentar mais tecnologia aos processos da consultoria da multinacional G.A.C. Group, desenvolvida para assessorar empresas na gestão de projetos de inovação, de forma segura e dentro das prerrogativas da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) – já que os dados trafegam de modo controlado e protegido. O importante, segundo o executivo, é tornar a gestão de projetos menos burocrática.

“Sentimos necessidade de mudar o jeito com que fazíamos consultoria, investindo em tecnologia. Cada usuário tem acesso apenas às áreas e aos conteúdos pelo qual é responsável – em tempo real e contínuo, pelo computador ou celular –, o que garante comodidade e pronta resposta às demandas que vão surgindo dos gestores de cada departamento. Além disso, as informações são distribuídas em pastas que podem ser acessadas com facilidade por quem precisa estar sempre atualizado sobre o status de cada fase do projeto. Ou seja, ninguém precisa mandar e-mails solicitando uma atualização do projeto por escrito, em detalhes, já que basta ter acesso à plataforma. Por fim, a tecnologia permite a gestão dos processos da Lei do Bem, incentivo fiscal à inovação”, diz o consultor em inovação.

Segundo Miranda, muitas empresas têm recorrido à Lei do Bem para investir no próprio desenvolvimento tecnológico, contando com incentivos fiscais. E o MyG.A.C. foi pensado como uma ferramenta prática para essas organizações que inovam desde serviços, produtos, processos e produção até estruturas organizacionais, sistemas de gerenciamento e modelo de negócios.

“A Lei do Bem (11.196) oferece mecanismos de redução fiscal para que as empresas deste país invistam em pesquisa, desenvolvimento e inovação (P,D&I), tanto diretamente como de forma terceirizada. O principal mecanismo consiste na possibilidade de reduzir os investimentos realizados nessas atividades da base de cálculo do imposto de renda e da contribuição social. Mas, para atender aos pré-requisitos da Lei do Bem, é necessário atender a determinados parâmetros”, explica o executivo. “Com a plataforma, é possível personalizar os indicadores que mais interessam monitorar, como o número de projetos, a evolução do cronograma e, inclusive, o histórico completo dos valores deduzidos do Imposto de Renda”.

Na opinião do consultor em inovação, transformar as formas de trabalho e o modelo operacional faz parte deste período pós pandemia. “Ao adotar formas ágeis de trabalhar, as empresas respondem mais rapidamente às mudanças. Por isso, cabe às consultorias incorporar as mudanças que incentivam a colaboração multifuncional, o desenvolvimento iterativo e uma nova abordagem de aprendizado — que permite que as pessoas se adaptem e inovem na velocidade digital. Isso nos leva cada vez mais a trabalhar para alinhar a governança de processos, como um modelo operacional mais orientado por plataforma e menos isolado”.

 

Fonte: Rodrigo Miranda, consultor especializado em inovação e diretor de operações da consultoria internacional G.A.C. Brasil.

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