Coluna Mozart Jr.

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Palavras
“Oportunista é como cavanhaque em reunião do fã-clube do Raul Seixas: tá cheio.”
Mestre Arievlis

Aplausos

Quero abrir a coluna aplaudindo a iniciativa do vereador Tulio Micheli em realizar uma audiência pública para esclarecer a situação da escola municipal Uberaba. Além dele, estiveram presentes os edis Cabo Diego Fabiano, Diego Rodrigues, Marcos Jamal, Thiago Mariscal e a suplente, que deve assumir nos próximos dias, Silvana Elias, representantes da escola, dos pais, do Sindemu e SSPMU, conselho municipal de educação e a presidente do sindicato de transporte escolar.

Participação popular
A audiência foi bastante concorrida, com o plenário da CMU lotado. Ali, a comunidade escolar se fez presente por meio de pais e profissionais da educação.

Tumulto
A reunião teve alguns momentos conturbados por conta dos ânimos exaltados por parte de alguns presentes. A secretária de educação, Juliana Petek, foi interrompida diversas vezes durante a sua fala, por manifestantes que, embora não ligados à escola, se simpatizaram com a causa, chegando ao ponto de abrir mão de concluir por conta das interrupções.

Lamentável
A decisão do Sindicomércio, que foi convidado a participar, de enviar uma carta no modo “curto e grosso”, se recusando e colocando que as decisões já estão tomadas, foi recebida com desagrado por todos. O vereador Túlio chegou a se irritar e declarou que a entidade ganhou um inimigo.

Incertezas

Tanto os pais, educadores, como os representantes dos sindicatos enfatizaram o clima de incerteza que cerca o assunto: futuro da escola Uberaba. Pelo que pude apurar, o desencontro das informações vem de longa data e essa falta de clareza gera desespero entre pais e profissionais ligados à escola.
Um ponto muito questionado foi a questão da sede, que pertence ao município, pouco ou nada tem se falado sobre ela e sua preservação ou quiçá, ampliação com a construção de novas salas, já que, segundo os profissionais da escola, há espaço e as salas podem ser menores do que as antigas e mais funcionais.

Discursos
Em suas falas, os vereadores Túlio Micheli e Marcos Jamal foram incisivos em atribuir a culpa da situação à atual administração. Jamal, inclusive, disse que a secretária herdou o problema de seu antecessor, que, segundo ele, deixou o abacaxi para ela descascar.

Medidas
Os dois vereadores citaram a possibilidade de desapropriação do prédio do anexo que pertence ao Sesc como uma medida a ser tomada.
Ao citar essa possibilidade, Tulio disse que todos ali têm conhecimento de que esse seria um caminho, porém depende de quem detém a caneta.
Jamal foi mais longe, também citou essa possibilidade, mas disse duvidar que a prefeita Elisa Araújo tivesse coragem ou ânimo para tal medida. Ele disse que “Elisa faz parte do sistema S, ele foi apoiada por eles e jamais confrontaria seus apoiadores”.
Jamal também disse que recursos seriam viabilizados caso houvesse uma contenção nos gastos da prefeitura. Segundo ele, os gastos com diárias de viagens atingiram cifras absurdas nos últimos meses.

Discurso 2
Dentre as várias falas concedidas aos convidados, a da representante dos vanzeiros foi muito aplaudida pela plateia, tanto quanto a brilhante apresentação da professora Sara que contou a história da escola Uberaba.
Sem papas na língua, Maria Goretti disse em alto e bom som que a prefeitura estava mentindo em relação às informações sobre o andamento das negociações com o Sesc. Ela questionou também se já havia sido iniciado um estudo logístico por parte da prefeitura sobre o remanejamento de cerca de 700 pessoas e disse que, em sua percepção, havia falta de organização.

Ausência
Apesar a presença da secretária de educação, muitos pais e professores salientaram que esperavam a presença da prefeita Elisa Araújo na reunião. Alguns pais, em conversa com a Coluna, disseram que inclusive esperavam que a prefeita estivesse presente em outros eventos envolvendo a escola Uberaba.

Deslegitimação
A repercussão da audiência pública na mídia local nessa quinta-feira deixou muitos envolvidos chateados.
As colocações de “inútil” e “perda de tempo” sobre a reunião, na opinião dos envolvidos, caracterizam uma tentativa de deslegitimar um movimento popular, que contou com a mobilização de centenas de pessoas que saíram de suas casas e foram até a Casa do Povo lutar por uma causa. Também entenderam como desrespeito aos esforços dos vereadores que realmente abraçaram a causa, diferente de outros que, após verem a movimentação, saíram pelas redes sociais falando como se em algum momento realmente tivessem procurado conhecer a realidade dos integrantes da comunidade escolar da EMU. Para eles, tem políticos tentando pegar carona na história e pregando por aí soluções sem nem buscar saber a realidade da comunidade escolar. “Depois que viram a repercussão, vêm com história de que estão envolvidos na causa…” Disse uma participante da reunião.

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