Uberaba -MG – Foto: Divulgação
Vários policiais participaram da operação na manhã de hoje
Uma operação da Polícia Civil de Uberaba está sendo realizada nesse momento no combate a fraudes e lavagem de dinheiro na cidade e tem como vítima a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ). Um ex-funcionário é suspeito de ser o “mentor” dos crimes.
Conforme informações preliminares apuradas pela Folha Uberaba, junto à Polícia Civil, a operação “ABCZ” tem o objetivo de cumprir 10 mandados judiciais de busca e apreensão.
A investigação foi iniciada pela Delegacia de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro de Uberaba, após concordância do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e determinação do Juízo da 1ª Vara Criminal de Uberaba. A ação policial está sendo realizada por 35 policiais civis na cidade de Uberaba. Segundo apurado, também foi deferido pelo Poder Judiciário o sequestro de bens, valores e direitos no importe de até R$ 1.100.000 (um milhão e cem mil reais) dos investigados.
A Operação visa desbaratar esquema fraudulento ocorrido perante o sistema contábil da ABCZ, que, mediante a atuação de ex-colaborador e coordenador do setor de contabilidade, realizava o mapeamento das prestações de serviços que efetivamente eram prestadas à ABCZ e, posteriormente, em unidade de desígnios com os demais integrantes da associação criminosa, utilizava pessoas jurídicas recém-constituídas de “fachada” para emitir notas fiscais “frias” perante a associação-vítima, ocasionando um segundo pagamento pelo mesmo serviço que já havia sido prestado. Portanto, mediante artifício ardil e técnico dos investigados, a ABCZ efetuava o pagamento duas vezes por um único serviço.
O delegado titular do inquérito policial, Eduardo Garcia, explica que as investigações iniciaram no mês de julho de 2025, por meio de “notitia criminis” devidamente formulada pelo setor jurídico da ABCZ, perante a Unidade Policial de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro do 5º Departamento de Polícia, acompanhada de vasta documentação financeira, demonstrando um intrincado e sofisticado esquema contábil destinado a lesar financeiramente a associação-vítima, desde o ano de 2024 até meados de junho de 2025.
Apurou-se que o grupo criminoso se valia de diversas empresas de “fachada” recém-constituídas, com o auxílio contábil do ex-colaborador da associação-vítima, nas quais posteriormente emitiam diversas notas fiscais “frias”, sem efetivamente prestarem o serviço designado, com posterior recebimento dos valores financeiros, ocasionando considerável prejuízo à associação-vítima.
A presente investigação se concentra no chamado “núcleo operacional financeiro”, com o envolvimento de ex-colaborador que coordenava o setor de contabilidade da associação, atuando em unidade de desígnios com os demais investigados.

