Previous
Next

Estudo sobre genoma pode ajudar na prevenção da obesidade

Compartilhe este post

De acordo com dados do relatório “Estatísticas da Saúde Mundial de 2021”, publicado em maio do ano passado, o número de obesos aumentou em todo o mundo. Segundo os números, 22% da população brasileira sofre com a obesidade, enquanto a média global é de 13%. Também estimou-se que, no Brasil, 7,2% das crianças abaixo dos 5 anos de idade estão acima do peso. A média global é de 5,7%.

Não bastassem os prejuízos à saúde pública em tempos pré-pandemia de covid-19, um relatório publicado em março do ano passado pela Federação Mundial da Obesidade mostrou que a taxa de mortalidade provocada pelo novo coronavírus era dez vezes maior em países com altos níveis de obesidade. Neste contexto, combater e prevenir a doença segue prioridade para médicos e pesquisadores do mundo todo.

Uma descoberta de cientistas do King’s College London pode ajudar no tratamento da doença. O estudo contou com dados de cerca de 8 mil pessoas que se cadastraram em um banco de dados e formou um grupo controle de 1.768 voluntários e encontrou 74 regiões do genoma ligadas à obesidade. 

Cristina Menni, coordenadora do estudo, explicou que essa descoberta pode ser o início do desenvolvimento de abordagens mais particulares para cada indivíduo, levando em conta seu perfil genético, contribuindo, de forma mais assertiva, para o controle de peso. O estudo foi publicado no dia 11 do mês passado no site da publicação científica MPDI.

O Dr. Leonardo Fiuza, que atua na Clínica Wissence, sediada em Jundiaí, traz mais detalhes sobre a relevância da descoberta: “esses estudos podem guiar novos tratamentos ligados à modulação genética no longo prazo e no curto prazo podemos realmente identificar precocemente pacientes que têm essa disposição genética”, diz.

Fiuza ressalta a importância do mapeamento genético, procedimento que analisa o genoma humano como um todo, na prevenção da obesidade: “com o mapeamento genético podemos identificar mais precocemente pessoas que têm uma tendência à obesidade e iniciar tratamentos clínicos e medicamentosos antes mesmo que o paciente desenvolva a obesidade”, explica.

O médico da Clínica Wissence considera importante diferenciar genótipo e fenótipo quando se trata da prevenção de doenças como obesidade desde a infância: “Genótipo é o que contém na carga genética, então se identificarmos que o indivíduo tem esse contexto genético podemos evitar que se transforme no fenótipo, que é a expressão desses genes”.

E complementa: “ao identificar esses genes em uma criança, podemos direcioná-la a uma alimentação mais saudável desde o início da sua vida para que esses genes não sejam expressos e não se transformem no fenótipo, evitando a obesidade e outras doenças”, finaliza.

Para mais informações, basta acessar: https://wissence.com.br/

Confira outras notícias: