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Jovens ganham destaque no empreendedorismo segundo o Sebrae

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Em meio à pandemia, o Brasil registrou 3,3 milhões de novas aberturas de empresas de acordo com o Serasa Experian, sendo considerado o melhor ano do empreendedorismo segundo o site do governo federal (Gov.br), tendo um aumento de 6% em relação ao ano anterior.

Segundo a pesquisa realizada em parceria com o Sebrae, Global Entrepreneurship Monitor (GEM) e o Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade, jovens entre 18 e 30 anos são os perfis dos novos empreendedores, como aponta o jornal Estado de Minas, na mesma linha, a pesquisa do grupo Globo, relata que 24% dos jovens antes dos 30 anos já têm um negócio próprio, destes, 67% encontram na liberdade financeira, sua maior motivação.

A justificativa desse crescente número de novos empreendedores pode ser o desemprego, já que no primeiro trimestre de 2021, o desemprego entre jovens de 14 a 17 registrou 43,6% segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) e o IBGE, reflexo da pandemia na economia e no mercado de trabalho, forçando jovens a buscarem alternativas rentáveis através do mercado empreendedor.

Um movimento semelhante ao que aconteceu em 2002, chamado de empreendedorismo por necessidade, onde em consequência de um alto índice de desemprego, o empreendedorismo foi a única fonte de renda viável para inúmeras famílias.

Como é o caso do paulista Gustavo dos Santos Gomes, de 20 anos, nascido em Diadema, na periferia da cidade. Sua jornada no empreendedorismo começou aos 16 anos junto com um amigo, com a criação de diversas empresas em vários ramos diferentes.

Em 2020, em plena pandemia, enfrentou um dos maiores obstáculos do empreendedorismo, quando teve portas fechadas durante o isolamento social. “Foi um desafio muito grande, pois fechamos tudo e não sabíamos quais seriam os próximos passos”, afirmou Gustavo. 

Através da internet, decidiu usar o tempo livre desenvolvendo novas habilidades e aliado ao Marketing Digital, criou estratégias para manter seus clientes conectados e comprando, utilizando as redes sociais como principal ferramenta de marketing.

 “A internet facilitou as coisas! Seja para comprar um produto ou para anunciar, algo que antes era muito caro, além de estar presente para tirar as dúvidas dos clientes em tempo real”, afirmou o jovem Gustavo.

A iniciativa de estruturar comércios eletrônicos é uma alternativa para os novos empreendedores alcançarem mais clientes, como apresenta o relatório da Neotrust, empresa que monitora o mercado de varejo no cenário digital, o primeiro trimestre de 2021 representou um aumento de 72,2% da exposição digital e gerou um faturamento de R$ 35,2 bilhões e permitiu que empresas até então desconhecidas, se tornassem globalizadas digitalmente.

“A internet democratizou o comércio como um todo. Pequenas empresas começaram a faturar muitas vezes o dobro, com estratégias simples de redes sociais num cenário que movimentou milhões em 2020, segundo estudos da Mastercard“, afirmou Gustavo.

Segundo o Eduardo Domit, Especialista em Neuromarketing e Comportamento do Consumidor, Gustavo representa uma fatia de jovens que têm se destacado como empreendedores, tendo uma representatividade que coloca o Brasil no 4º lugar com o maior número de jovens empreendedores.

Em pesquisa divulgada pela Agência Sebrae, que entrevistou 2.132 empreendedores, cerca de 80% dos entrevistados até 24 anos já tinham o desejo de empreender antes mesmo dos 18 anos.

Um fato curioso sobre essa pesquisa é que apenas 39% dos jovens empreendedores possuem ensino superior, mas 47% dos empreendedores até 24 anos realizaram vários cursos antes da vida empreendedora.

“O sucesso não tem idade para acontecer, está ao alcance, assim que você sai da sua zona de conforto, mas é preciso foco e dedicação”, finalizou Gustavo.

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