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Agronegócio ajuda viabilizar recursos para equipar brigadas rurais

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Apesar de uma ligeira queda no número de incêndios em vegetação em Uberaba, numa comparação dos oito primeiros meses deste ano a igual período de 2020, o secretário do Agronegócio, José Geraldo Celani, entende que o quadro é extremamente preocupante. Ele ressaltou a importância do projeto-piloto de brigadas rurais, mas apelou para a conscientização do munícipe como meio de reduzir ao máximo o drama das queimadas.

De acordo com dados passados pelo 8° Batalhão de Bombeiros Militares, de janeiro a agosto de 2021, Uberaba registrou 572 incêndios em vegetação, seja com o fogo atingindo pastagens, lavouras, palhadas, reservas florestais e até Áreas de Preservação Permanentes (APPs). Numa comparação com igual período de 2020, quando foram computadas 655 queimadas, houve uma redução de 83 notificações de incêndios em vegetação neste ano. Até agora, segundo balanço dos Bombeiros, agosto, com 157 registros, é o mês com mais queimadas no Município.

Para o titular da Sagri, os números são altos e preocupam sobremaneira, de forma que nem esta pequena redução alivia. “Tivemos notícias de mais de 2,5 mil hectares queimados em região próxima ao antigo Posto das Bandeiras, sentido Uberlândia. Teve propriedade que o fogo atingiu a área de nascente d’água, ficando seriamente comprometida. Vai demorar anos para o produtor recuperar a vegetação da APP, sem falar naqueles que viram a lavoura de cana-de-açúcar ser queimada e o pasto virar cinzas”, lamentou Celani.

Para o secretário do Agronegócio, a iniciativa de criar brigadas rurais, encabeçada pelo Sindicato Rural e com participação do Governo Municipal, Bombeiros, Ministério Público e Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig), é louvável e trará bons resultados. Até agora, salientou ele, foi feito treinamento teórico de 25 futuros brigadistas da Comunidade Santa Fé. “Em breve, serão treinados os candidatos da Baixa e, depois, ambas passarão pelas aulas práticas, possivelmente com equipamentos emprestados pelos bombeiros”, informou.

Aliás, sobre equipamentos, José Geraldo Celani, destacou que um convênio entre Governo Municipal e o Ministério Público poderá viabilizar recursos oriundos da Promotoria do Meio Ambiente para equipar as brigadas. Uma reunião com a participação da prefeita Elisa Araújo e o promotor Carlos Valera está sendo agendada para tratar do assunto. O próprio promotor Valera adiantou que já estão assegurados R$ 80 mil para compra de abafadores, bombas costais, capacetes e óculos, dentre outros equipamentos.

O secretário entende que o morador de agrovilas, devidamente treinado e equipado, terá segurança, eficácia e confiança em debelar um começo de incêndio ou até mesmo uma queimada com certo avanço. “E isto a gente verá a médio prazo.” Porém, já passou da hora, afirmou Celani, do munícipe se conscientizar dos enormes malefícios provocados pelas queimadas, com prejuízos econômicos, ambientais e de saúde que assolam todos nós”, argumentou Celani, acrescentando que incêndio é crime.

Outra medida já definida pelo grupo é de estender as brigadas de prevenção e combate a incêndios para todas as comunidades rurais em 2022.

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