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Agronegócio faz parceria com a Fazu para estudo sobre uso da cevada na alimentação de bovinos

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A Secretaria do Agronegócio (Sagri) voltou a debater em reunião com professores das Faculdades Associadas de Uberaba (Fazu), maneira de tornar acessível ao pequeno produtor o uso de resíduos da cevada na alimentação de rebanho bovino.  A proposta é de que a universidade aprofunde estudos sobre o uso do produto.

A reunião aconteceu na sede da Fazu, com participações do secretário adjunto do Agronegócio, José Geraldo Borges Celani; o consultor técnico da Transcevada, Ricardo Tonetto, e os professores/coordenadores de cursos, Diego Fraga, de Agronomia; Rayner Barbieri, de Zootecnia; Livia Magalhães, de Projetos, e Arthur Alves, de Pós-Graduação em Manejo de Pastagens.  

O representante da Transcevada disse que a sua empresa é responsável por comercializar na região todo o resíduo de cevada produzido pela Cervejaria Petrópolis em Uberaba, algo em torno de 80 mil toneladas/ano, já com expressivo volume de compradores. Ricardo destacou o valor nutricional do bagaço da cevada, equivalente à ração tradicional, apontando como vantagens o seu teor proteico e, sobretudo, o seu preço, bem mais em conta que as rações comumente vendidas pelo comércio.  

Segundo explicou o adjunto da Sagri aos professores da Fazu, a ampliação desses debates com o meio universitário visa encontrar parceiros para tornar viável o uso do resíduo da cevada pelas pequenas propriedades. “Desde o começo, procuramos a Petrópolis e depois, a sua representante comercial, com intuito de propiciar ao pequeno produtor condições de utilizar a cevada na alimentação do seu rebanho, tanto pelo valor nutricional quato pelo custo bem mais acessível. “Entendemos que a Fazu, pela sua expertise no ramo, pode aprofundar nos estudos e demonstrar as vantagens ou cuidados do uso do resíduo como ração animal em nossa região”, acentuou José Geraldo Celani.

O professor Diego Fraga topou a parceria. “A Fazu tem a devida estrutura para realizar esses experimentos”, realçou. Rayner Barbieri fez questão de enfatizar que a universidade sempre se preocupou com o pequeno produtor, no sentido de levar até ele tecnologia de ponta e a correta informação. “Assim, estamos dispostos a avançar nesses estudos da cevada e, posteriormente, até produzir um folder informativo a respeito do uso do resíduo como alimentação animal e viabilidade”, observou o coordenador do curso de Zootecnia.

Ficou combinado entre as partes que a Transcevada irá doar 20 mil quilos de bagaço da cevada e 8 mil quilos de pó de malte para que o corpo docente, junto aos acadêmicos, desenvolva os estudos necessários. Os experimentos, disse Rayner, vão começar já com o acondicionamento do produto em formato de silagem. “Depois faremos os testes com o nosso gado leiteiro, podendo estender para corte e até ruminantes, como caprinos e ovinos. Vamos avaliar o teor nutricional da cevada, aceitação das vacas ao produto, produtividade e bem-estar animal,” enfatizou o professor, destacando ser preciso pelo menos três meses de avaliações, até mesmo para se obter validação científica do experimento.

Também participaram da reunião o chefe de Desenvolvimento Rural da Sagri, Matheus Alves; o técnico Fernando de Souza e o engenheiro ambiental da Transcevada, Ernani Lazarini.

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