Apesar de o País registrar tendência de queda em número de casos e óbitos por Dengue, Zika e Chikungunya, há estados apresentando alta; Minas Gerais registra, até novembro, 20.624
Ele tem em média um centímetro de tamanho, possui riscos brancos nas patas, na cabeça e no corpo, e é o principal transmissor de vírus causadores de três doenças perigosas: Dengue, Zika e Chikungunya. Seu nome pode até ser difícil de se pronunciar, mas o combate ao mosquito Aedes aegypti é tão simples e fácil que pode ser feito no quintal de casa. Para incentivar os brasileiros a colocarem na rotina uma iniciativa que pode salvar vidas, o Ministério da Saúde lançou nesta terça-feira (30), a campanha “Combata o mosquito todo dia”.
No Ministério, é a Vigilância em Saúde (SVS) que fortalece e amplia as ações de vigilância epidemiológica. Entre suas ações estão incluídos os programas nacionais de combate a doenças transmitidas por vetores.
Combata o mosquito todo dia
A campanha tem como objetivo informar e mobilizar gestores públicos, profissionais de saúde e toda sociedade sobre a importância de intensificar e manter por todo o ano as ações de eliminação de focos do mosquito Aedes aegypti, especialmente, neste período que antecede o verão. A intenção é evitar surtos e epidemias das doenças causadas pelos arbovírus transmitidos pelo vetor. Por terem grande impacto em saúde pública e não possuírem vacina nem tratamento específico, impedir a proliferação do mosquito é a principal arma para reduzir casos e óbitos.
Dados da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) apontam que o País registra tendência de queda no número de casos e óbitos por dengue em 2021 em comparação com o ano anterior. Até novembro, foram notificados 494.992 casos, o que representa queda de 46,6% em comparação com o mesmo período de 2020, que registrou 927.060 casos. Já o número de óbitos pela doença apresenta uma redução de 62% dos óbitos confirmados. Em 2021 foram 212 enquanto que o ano de 2020 registrou 564 óbitos.
Com relação aos casos e óbitos pela Chikungunya o número de casos aumentou em 2021, diferente do número de óbitos que caiu 64%. Este ano, foram registrados 90.147 casos e 10 óbitos em todo o País. Todas as regiões apresentaram aumento nas notificações em comparação com o ano de 2020, sendo a Região Sudeste a com maior incidência. Os três estados que mais registraram casos da doença foram Pernambuco (29,7 mil), São Paulo (18,1 mil) e Paraíba (nove mil), respectivamente.
Entre as principais arboviroses de circulação urbana, dengue, Zika e chikungunya, Zika foi a única que não registrou óbitos em 2021. Ao todo, foram registrados 5.710 casos prováveis em todo o Brasil, queda de 17,6% em comparação com o mesmo período de 2020 no País. Porém, as únicas regiões que registraram aumento no número de casos de Zika, em relação ao ano anterior, foram a Norte (28,3%) e a Sul (36,6%).
Medidas adotadas pelo Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde tem tratado as arboviroses com prioridade, ainda que enfrentando uma pandemia como a da Covid-19. A pasta tem dado apoio técnico, além da oferta de insumos para o combate ao vetor. Até novembro deste ano, foram adquiridos mais de 80 milhões de tabletes do larvicidas, dos quais, mais de 21 milhões já foram distribuídos aos estados e o Distrito Federal. A expectativa é que em 2022 sejam adquiridos mais de 84 milhões de tabletes.
Além disso, mais de 277 milhões de litros do adulticida foram adquiridos e 165 milhões de litros distribuídos às unidades federadas. Outra medida adotada pelo Ministério da Saúde foi a aquisição de mais de 22 mil quilos do inseticida utilizado em pontos estratégicos. Desses, mais de cinco mil quilos foram distribuídos.
Ações para combate ao mosquito
Ações simples podem ajudar no combate ao mosquito Aedes aegypti e o segredo está nos cuidados com os diferentes ambientes, principalmente no quintal de casa. Toda comunidade precisa estar ciente que é papel de todos evitar a proliferação do Aedes aegypti. Entre as medidas que podem ser adotadas estão: evitar água parada em pequenos objetos, pneus, garrafas e vasos de planta; manter a caixa d’água sempre fechada e realizar limpezas periódicas; vedar poços e cisternas; descartar o lixo de forma adequada.
Os gestores devem também reforçar a limpeza urbana, promover ações educativas nas escolas e estimular ações conjuntas entre diversos setores como saúde, educação, saneamento e meio ambiente, segurança pública, entre outros.
Fonte: Amvale