Em alusão ao Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres, celebrado em 6 de dezembro, a Secretaria de Desenvolvimento Social (Seds), por meio do Centro Integrado da Mulher (CIM), promoveu blitz de conscientização no centro da cidade, nesta segunda-feira.
A ação encerrou a campanha do Laço Branco promovida pelo Governo Municipal. A blitz se concentrou na esquina da Rua Coronel Manoel Borges com a Praça Rui Barbosa. Equipes do Projeto Todos por Uberaba, vinculado à Secretaria de Governo (Segov), e da Casa Madre Teresa de Calcutá, instituição de acolhimento a mulheres vítimas, participaram da iniciativa.
Durante a manhã, servidores do CIM expuseram uma faixa com a frase “Lutar pelo fim da violência contra a mulher também é papel de homem” e entregaram panfletos. O material contém a origem do movimento do Laço Branco e os canais de denúncia.
“Na jornada de combate à violência contra a mulher”, pontuou a gerente do CIM, Juciara Moura, “entendemos que o homem tem um lugar especial e pode nos ajudar a pensar em um mundo mais igualitário. A cultura machista, a masculinidade tóxica impõe aos homens danos e perdas também”, avaliou.
Com o objetivo de envolver os homens nessa causa, o CIM promoveu várias ações nas últimas semanas. Houve atividades voltadas aos servidores de vários órgãos, rodas de conversa para alunos da rede municipal e jovens do Centro Brasileiro de Cursos (Cebrac) e debate técnico da rede de enfrentamento da violência contra a mulher.
Histórico da campanha do Laço Branco – O Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres, instituído no Brasil pela Lei nº 11.489/2007, remete ao assassinato de 14 mulheres em 1989, no Canadá. Um jovem invadiu uma sala de aula, ordenou que os homens se retirassem e começou a atirar. O rapaz suicidou-se em seguida. Ele deixou uma carta justificando o ato: não suportava a ideia de ver mulheres estudando engenharia. O laço branco foi adotado como símbolo de jamais cometer um ato violento contra as mulheres e de não fechar os olhos frente à violência.