Com a proposta de promover a transformação social por meio da arte circense, o Circo do Povo, equipamento da Fundação Cultural de Uberaba (FCU), esteve no Centro de Referência da Infância e Adolescência (Cria) na tarde desta quinta-feira (26), com apresentações de malabares, capoeira, acrobacia de solo, palhaçaria e artes urbanas.
O projeto do Circo do Povo possui significativa abrangência social, além de funcionar como um lugar que possui o papel de acrescentar à sociedade, ampliando e democratizando para o acesso à cultura e à arte. Por isso, viabilizando o circo em movimento, participaram da atividade os oficineiros Rodrigo Macedo, Camila Brandão, Mestra Puma, Gleiciane Oliveira, Pamela Cristina e Cairo Damasceno (Toi).
A terapeuta ocupacional que atua no Cria, Luciana Macedo, ressaltou a importância desse resgate social e da participação do Circo. “Nós funcionamos enquanto instituição, mas em conjunto com a sociedade, então, a inserção social, a partir dessas ações, estimulam nossas crianças e adolescentes a estarem envolvidos nesses projetos, a terem outros rumos na vida. Sabemos que às vezes faltam oportunidades, por isso o que é desenvolvido em conjunto facilita também o nosso trabalho enquanto profissional. Hoje nessa atividade nossos meninos gostaram bastante, vemos isso pelos sorrisos, pelo brilho no olhar. É um trabalho que tem importância significativa na vida deles, porque nem sempre têm acesso a esses momentos culturais e de lazer”, disse.
A arte-educadora e capoeirista Mestra Puma (Núbia Nogueira) realizou a apresentação ao lado de seus alunos. Na oportunidade, ela pontuou a contribuição da capoeira para a função social do Circo do Povo. “A capoeira tem um poder muito grande de transcendência. Trabalha o ser humano por completo, o desenvolvimento integral do indivíduo – a parte biológica, a parte cognitiva, psicomotora e social.Por isso, todo capoeirista se torna um ser autônomo, ativo, participativo, questionador da ordem vigente.”
Os oficineiros seguem promovendo apresentações na comunidade escolar, Cemeis e demais instituições parceiras. A ideia é manter o Circo do Povo em movimento até ser instalado no residencial Isabel do Nascimento.