A Companhia Operacional de Desenvolvimento, Saneamento e Ações Urbanas (Codau) está em fase adiantada da ampliação de seus processos de automação do Sistema de Abastecimento de Água. Trata-se da gestão on-line dos Centros de Reservação (CR) que, nos últimos meses, avançou em protocolos para alcançar o controle preciso do monitoramento do abastecimento de Uberaba.
Em seis reservatórios, os CR-2 (Boa Vista); 5 (Abadia); 9 (Aeroporto); 11 (conj. Uberaba I); 12 (Vila Ozanan) e o CR-13 (Chica Ferreira), a automação está concluída com a reprogramação do software que comanda o sistema de lógica dessas unidades. Além disso, os CRs também receberam válvulas de retenção de fechamento rápido, que são instaladas na tubulação de recalque (saída) de cada centro. A peça mecânica, quando aberta, permite a entrada de água no reservatório elevado que faz a distribuição de água para a cidade. Todos os Centros possuem agora medidores de nível ultrassônico, que fazem a leitura do nível de água em tempo real.
Antes, estas manobras eram manuais. Os operadores vigiavam os pêndulos de medição que indicam quando desligar ou ligar as bombas, abrir ou fechar as válvulas de saída. Agora todas as manobras são acionadas eletronicamente e os reservatórios passaram a ser assistidos a partir de um Centro de Controle Operacional (CCO), o que elimina falhas como transbordo de água ou redução inesperada de água.
Essa dinâmica que envolve a automação auxilia na redução de custos, no aumento do controle das operações de distribuição de água e na sua eficiência. “Os CLPs (Controladores Lógico Programáveis) em conjunto com inversores de frequência realizam o comando eletrônico do conjunto motobomba. Esta supervisão abrange desde a partida suave dos motores até o controle de velocidade variável, permitindo ajustar a vazão, pressão e nível dos reservatórios. Além disso, também diminui o desgaste de partida do motor, o que reduz o consumo de energia e aumenta a sua vida útil dos motores e bombas”, explicou o presidente da Codau, José Waldir de Sousa Filho.
José Waldir avaliou também quanto é importante concentrar uma quantidade maior de informações do abastecimento, bem como a rapidez de decisões em um CCO. “A automação permite ter uma visão ampla e objetiva do que é preciso fazer nos períodos, por exemplo, de estiagem. Manter o nível constante dos reservatórios elevados, significa propiciar maior pressão nas redes de distribuição e um padrão a ser seguido. O resultado da tecnologia embarcada na automação é muito mais confiável e percebido nitidamente pela população.”
A Codau prevê incluir os CR-6 (Olinda), 8 (Pq. das Américas) e o 10 (Gameleiras) ainda este ano no programa de automação. E os reservatórios 3 (São Benedito) e 4 (Amoroso Costa) entrarão a partir do próximo ano.