O Instituto Mosaic, responsável pelas ações sociais da Mosaic Fertilizantes, e a Secretaria de Educação (Semed) vão fechar o ano de 2023 com 16 unidades da rede municipal de Uberaba atendidas pelo programa AlimentAção e pelas hortas sensoriais do programa, que promove a inclusão de alunos com deficiência no processo de aprendizagem e sensibiliza as crianças sobre a importância da alimentação saudável. O projeto já alcançou 10 mil alunos e realizou formações para 721 professores e 762 famílias em temáticas como reaproveitamento de alimentos, segurança alimentar, saúde e ecossistema.
Na manhã desta quinta-feira (16), mais 10 unidades escolares tiveram suas hortas sensoriais inauguradas em um evento simbólico, que aconteceu no Cemei Marília Barbosa Pacheco, no bairro Jardim Califórnia. Além dessa unidade, os Cemeis Prof. João Wilson Freitas e Vovó Tiana e as Escolas Municipais Norma Sueli Borges, Madre Maria Georgina, Urbana Frei Eugênio, Celina Soares de Paiva, Gastão Mesquita Filho, Esther Limírio Brigagão e Prof. Anísio Teixeira também foram contemplados com a entrega dos espaços acessíveis. O projeto, que teve início na E.M. Arthur de Mello, já está em fase de execução nas unidades Niza Marquez Guaritá, Maria Carolina Mendes, Vicente Alves Trindade, Profª Maria Emerenciana Cardoso e Profª Dirce Miziara, com previsão de conclusão para dezembro deste ano. Em 2024, quatro novas unidades também receberão o projeto, totalizando 20 instituições beneficiadas.
Presente no evento, a prefeita Elisa Araújo, acompanhada da presidente da Mosaic Fertilizantes, Corrine Ricard, elogiou a iniciativa e falou sobre o impacto positivo do programa. “Temos muito a agradecer à Mosaic Fertilizantes pela parceria nesse projeto, que é uma ferramenta muito importante para promover a inclusão de crianças com deficiência. Enquanto uma estratégia didático-pedagógica possibilitará trabalhar os cinco sentidos, além de estimular as habilidades dos alunos. Por outro lado, ainda incentiva a alimentação saudável e sustentável. É uma ação que tem o poder de transformar a vida das pessoas, proporcionando experiências ligadas à alimentação de qualidade e, principalmente, a inclusão”, afirmou.
Hortas sensoriais – As estruturas das hortas contam com canteiros com ervas medicinais e hortaliças, árvores frutíferas, espaço para composteira, bancos e lousa compondo um espaço de sala de aula ao ar livre. As culturas estão distribuídas de forma a promover experiências e aguçar os sentidos – estímulos gustativo, olfativo, tátil, visual e auditivo. A infraestrutura é totalmente adaptada e acessível, com canteiros de diferentes alturas e espaço de circulação para manobra das cadeiras de rodas. O projeto contempla ainda recursos de acessibilidade, como mapa tátil, especificando as culturas e a localização dos canteiros na horta; piso tátil drenante para fácil locomoção; placas de tipografia adequada, fonte ampliada e conteúdo em Braile.
Para o secretário de Educação, Celso Neto, o programa AlimentAção funciona como uma ferramenta que oferece aprendizado interdisciplinar diverso e inclusivo. “As hortas se transformam em espaços que são trabalhados sob diferentes abordagens contempladas pelo projeto pedagógico das unidades escolares. Todo o processo que vai do plantio ao cultivo, quando acompanhado pelos alunos, também permite que eles descubram novos alimentos e adquiram uma alimentação mais saudável, multiplicando conhecimento e novos hábitos também em casa com seus familiares”, explicou.
“As hortas materializam a nossa missão primordial que é produzir alimentos para o mundo. A iniciativa promove alimentação de qualidade para estudantes em situação de vulnerabilidade, contribuindo para o crescimento, desenvolvimento e nutrição das crianças ao incluir esses alimentos à merenda escolar. Tudo isso está alinhado à promoção de educação multidisciplinar por meio de um ambiente adaptado para acolher também pessoas com deficiência”, afirmou Adriana Alencar, presidente do Instituto Mosaic.
Inclusão – Na rede municipal de Uberaba quase dois mil alunos são atendidos pela área da Inclusão, onde o Transtorno do Espectro Autista (TEA) representa 70% dos casos. Nas unidades onde o projeto já foi implementado é possível perceber resultados positivos de inclusão e acolhimento, especialmente, de alunos com TEA e melhora do comportamento em geral. A partir do projeto, foram criados grupos de alunos, denominados “Amigos da Horta”, responsáveis pelos cuidados com os espaços.