Nesta quarta-feira (13), às 9h30, no anfiteatro da Prefeitura, será assinado convênio entre o Governo Municipal e a Universidade de Uberaba – Hospital Veterinário (HVU) para atendimento clínico, cirúrgico e emergencial gratuito a animais errantes e comunitários, bem como àqueles que tenham tutores em vulnerabilidade social, além dos animais cuidados por protetores independentes e abrigados pelas Organizações Não Governamentais (ONGs) e Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs).
A prefeita Elisa Araújo considera que esse é o início de uma série de destraves em relação à causa animal, pois é o Município subsidiando o atendimento veterinário. “Estamos fazendo algo pioneiro em Uberaba. É o Governo Municipal cumprindo mais um compromisso. O primeiro passo está dado e, em breve, teremos ainda mais avanços”, disse.
Serão 300 atendimentos mensais e todos os animais serão cadastrados, chipados e aqueles que estiverem passíveis de castração, serão castrados. Isso permitirá inclusive criar um banco de dados para conhecimento e controle dessa população. Dentro do convênio com prazo de 12 meses, que podem ser prorrogados por igual período, serão atendidos somente aqueles que tiverem devida ordem de serviço por escrito da Superintendência de Bem-Estar Animal, da Secretaria de Meio Ambiente.
De acordo com o superintendente de Bem-Estar Animal, Alberto de Faria Pereira, o serviço deverá ser implantado em 45 dias. O cadastro será feito inicialmente de forma presencial, na sede do órgão que funciona no prédio do Centro de Controle de Endemias e Zoonoses, na avenida Tutunas, 658 – bairro Vila Celeste.
No caso de animais abandonados, feridos e maltratados em vias públicas, ou agravos de saúde pública, errantes ou comunitários sem tutor, qualquer cidadão poderá solicitar o atendimento pelo telefone 3318-0218, que a equipe fará o seu recolhimento, levando para o Hospital Veterinário da Uniube onde receberá todo o atendimento médico, inclusive procedimentos cirúrgicos, se necessários.
Os tutores em vulnerabilidade social registrados no CadÚnico no Município, ou Bolsa Família do Governo Federal precisarão ir pessoalmente à Superintendência, apresentando documentos que comprovem renda de até meio salário mínimo per capita, ou familiar de até três salários mínimos.
As ONGs, OSCIPs e protetores independentes também precisarão fazer seu cadastro junto à Superintendência, cumprindo critérios preestabelecidos. Nesse caso, o cadastro será eletrônico, em link a ser divulgado posteriormente.
O tratamento/acompanhamento pós-operatório dos animais com tutores serão realizados pelos seus responsáveis, conforme orientação dos médicos veterinários. Já os animais sem tutores ficarão sob responsabilidade do HVU até a retirada da sutura. Ele também apontou que poderão ser transferidos para os cuidados de ONGs, protetores independentes, lares temporários ou cuidadores independentes até sua recuperação.
O superintendente acrescenta que o transporte do animal sem tutor até o HVU será de responsabilidade da Superintendência. Os outros deverão ser levados adequadamente por seus tutores. As medicações necessárias pós-atendimento poderão ser adquiridas por doação, junto à Superintendência para o tutor, mediante apresentação do receituário.
De acordo com Alberto Pereira, o convênio contempla também os grandes animais utilizados para trabalho como tração animal (carroças e charretes), sem a necessidade de comprovação de renda ou comprovante de cadastros federais por parte dos responsáveis.
