Apesar das previsões meteorológicas de aumento da frequência do volume de chuva no Sudeste brasileiro, para os meses de outubro e novembro, ainda não foi possível verificar a recarga completa do lençol freático na bacia do rio Uberaba. A seca prolongada, com mais de seis meses de duração na região, afetou drasticamente os mananciais e a taxa de reposição pela precipitação pluviométrica está sendo insuficiente.
Nos últimos dias, mesmo com um acumulado de 140,8 mm de precipitação em setembro e outubro (dados Inmet), a vazão do rio voltou a cair novamente. Ao longo do mês de outubro a vazão média do rio Uberaba ficou no patamar dos 1000 litros/segundo e com sistema de transposição do rio Claro operando por 11 dias. E neste domingo (24) com o baixo volume de água registrado na Estação de Captação, em torno de 760 litros/segundo, a equipe de engenharia da Companhia Operacional de Desenvolvimento, Saneamento e Ações Urbanas (Codau) decidiu pelo acionamento da transposição, com um motor elétrico sendo religado. E nesta segunda-feira (25), o segundo motor também foi acionado.
“O volume de chuva nesta primavera está abaixo do necessário para regularizar a vazão do rio Uberaba. E não está sendo suficiente para suprir o déficit nos principais afluentes do rio Uberaba, que estão enfrentando uma situação de secura muito intensa este ano”, observou o presidente da Codau, José Waldir de Sousa Filho. Ele reforçou a necessidade de a população manter os hábitos de economia de água como forma de colaborar com a situação hídrica do rio.
Conforme previsões da Epamig, para Minas Gerais, no mês de outubro, a probabilidade é de que o volume de chuvas ocorra acima da média. Entretanto, nas mesorregiões do Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba e Sul/Sudoeste de Minas essa probabilidade é um pouco menor.