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Segunda fase da operação Cisvalegram cumpre mandados em Uberaba, Delta, Guaíra e Ribeirão Preto

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Policiais civis de Uberaba e região, realizam nesse momento a segunda fase da operação “Cisvalegran” . As equipes estão cumprindo 09 mandados de busca e apreensão nas cidades de Uberaba, Delta, Guaíra e Ribeirão Preto.
De acordo com informações apuradas pela Folha Uberaba, o esquema criminoso envolve empresas suspeitas de práticas de fraudes em processos licitatórios perante Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Rio Grande (Cisvalegran), tendo como beneficiados dois médicos de Uberaba e mais dois de Ribeirão Preto, além das empresas desses profissionais da saúde. As investigações são desdobramentos da primeira fase ocorrida em maio desse ano, onde a Polícia Civil de Minas Gerais, e o Ministério Público obtiveram informações da prática de condutas delituosas por parte de organização criminosa em desfavor da Administração Pública.

Na época pelo que foi apurado pela unidade de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro do 5º Departamento da Polícia Civil em Uberaba, os investigados frustravam/fraudavam processos licitatórios com o intuito de obter para si ou para outrem vantagem decorrente da adjudicação do objeto de licitação, maculando o caráter competitivo do processo licitatório junto ao Cisvalegran. Eles ainda em anuência de desígnios com colaboradores do consórcio Cisvalegran, beneficiavam ilicitamente empresas em processos licitatórios, mediante a obtenção de vantagens indevidas.

Foi apurado pelos investigadores que em um um dos contratos, os suspeitos modificaram cláusulas contratuais de forma irregular, em total dissonância com o processo licitatório, visando favorecer a subcontratação de outro hospital que não poderia participar do certame à época, em decorrência da ausência de documentação exigida pelo Cisvalegran. Eles apuraram ainda que dois médicos em Uberaba, ex-prestadores de serviços de um hospital universitário se beneficiaram ilicitamente do recebimento de recursos públicos do Cisvalegran, mediante a participação de ex-empregados do da unidade hospitalar que alteravam o sistema de faturamento da instituição.

Assim, foi representado pela Autoridade Policial pela busca e apreensão domiciliar dos Investigados com endereços em Uberaba, Delta, Guaíra e Ribeirão Preto e afastamento dos sigilos bancários e fiscais dos mesmos, medidas estas que foram deferidas pela 1° Vara Criminal de Uberaba, com parecer favorável do Ministério Público, por meio da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público.

A justiça deferiu ainda o sequestro financeiro no valor de R$ 625.000,00 e medida cautelar diversa da prisão em desfavor da investigada M.O.C., proibindo a mesma de exercer, no meio privado, qualquer atividade econômica ligada diretamente ao Cisvalegran ou a qualquer ente da administração pública dos municípios que o integram, pelo período de 12 meses.

No total 38 policiais civis cumpriram as ordens judiciais, inclusive nas dependências do consórcio Cisvalegran, culminando na apreensão de dispositivos móveis e documentação relacionada à investigação.
Ainda segundo a PC, a operação visa reprimir o desvio ilegal de recursos públicos na área da saúde, além da prática de lavagem de dinheiro.

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