O espetáculo Corpófera, com a atriz e produtora cultural Danielen Brandão, será apresentado dia 26 de novembro para o Instituto de Cegos do Brasil Central (ICBC), no palco do Teatro Experimental de Uberaba (TEU), às 9h.
O projeto, contemplado pela Lei Paulo Gustavo, já foi apresentado a instituições de ensino públicas e a Escola Para Surdos Dulce de Oliveira.
A apresentação contará com audiodescrição, recurso de acessibilidade que permite que pessoas cegas ou com baixa visão possam compreender uma peça de teatro. Ela traduz as imagens em palavras, permitindo que o espectador tenha acesso a detalhes como a ambientação, a posição dos atores, a iluminação, os figurinos e as fisionomias das personagens. A audiodescrição pode ser disponibilizada de diversas formas, como: fones de ouvido, QR Code, audioguias e software de leitura de tela.
Com referência na dança Butô e no livro de Clarissa Pinkola Estés, “Mulheres que correm com os Lobos”, Danielen propõe, nesse trabalho, investigar o movimento feminino de espalhar sementes, sem perder a voracidade, criticidade e o ímpeto revolucionário. “Uma resposta à tentativa social de domesticar e docilizar os corpos femininos”, define.
Antes da apresentação no ICBC, Danielen esteve no Instituto para onde levou todo o figurino e objetos que irão compor a peça, a fim de que os alunos pudessem, através do tato, “enxergar” Corpófera. “Este contato é fundamental para que a pessoa cega ou com baixa visão possa entrar totalmente na nossa proposta”, explica.
Corpófera tem direção de Roberta Portela, direção musical e trilha sonora de Priscila Reis e direção artística de Thila Paixão.