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Bom momento da construção civil deixa mercado otimista

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A construção civil brasileira vive um momento de otimismo. Muito disso puxado pela variação acumulada de 12 meses do volume de vendas de materiais de construção que, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE), chegou a 2,9% nos últimos 12 meses.

Os últimos resultados publicados pelo IBGE referente ao setor perceberam uma boa relação dos custos médios e índices por áreas geográficas. Conforme a pasta, no Brasil, em setembro, este índice variou 13,11%, o que fez com que o preço por m² construído chegasse a R$ 999,96.

Para Bruno Marciano, sócio e diretor-comercial da Projelet, empresa em inteligência na engenharia de instalações e modelagem BIM no segmento da construção civil, este cenário é uma demanda decorrente. Para o gestor, o Brasil se recupera de uma baixa de demanda no setor somado a uma valorização do produto.

“Acredito que o déficit habitacional no país, somado ao aumento da demanda, a diminuição da oferta e o valor que o consumidor passou a atribuir a moradia e ao mesmo tempo a taxa de juros ainda atrativa, são fatores que explicam o cenário de alta no segmento da construção civil. Então o mercado da construção civil aquecido acarreta por consequência um aquecimento no mercado de projetos, que é um dos agentes fundamentais desta indústria”, explica.

Esse contexto, além de favorável para o próprio segmento, também é um forte impulsionador de toda a economia. É o que defende o financista e assessor de investimentos da Atrio Investimentos, Gustavo Vaz.

“O crescimento visto em 2022 pelo setor de construção civil pode ser examinado por várias variáveis, como a ampliação do programa Casa Verde e Amarela do Governo Federal abaixando os juros efetivos de 8,6% para 7,6% ao ano, mas também pela redução da inflação da cadeia produtiva brasileiros nos últimos meses em conjunto com a redução do preço do Aço que afeta direta o custo do setor. Vejo, no entanto, um horizonte não tão claro para estas mesmas variáveis para os próximos anos”, contextualiza Gustavo.

A mão de obra também teve sua valorização gradativa ao longo deste ano. Ainda de acordo com o IBGE, em abril deste ano, o número-índice do custo médio por m² da mão de obra foi de 983,53. Já ao final de setembro, esse indicativo chegou a 1.056,09.

“Isto é devido ao fato que a construção civil emprega muitos brasileiros dentro de várias faixas etárias, educacionais, e de renda. São projetos também normalmente longos, então são empregos muitas vezes mais estáveis principalmente se houverem projetos consecutivos podendo prolongar então o emprego por décadas”, salienta o financista da Atrio Investimentos.

Ainda que valorizada, com o acirramento do mercado, a busca pela mão de obra se torna cada vez mais competitiva. “Além da necessidade de se ter excelência ao contratar, precisamos estar sempre na zona de desafio, para proporcionar salários compatíveis com o mercado e ao mesmo tempo promover um ambiente de trabalho favorável para a retenção do nosso time, que é o que temos de mais precioso. Para isso, investimos pesadamente no setor de Recursos Humanos, que aqui na Projelet chamamos de Setor de Cuidar de Gente”, ensina o sócio da Projelet.

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