O conservadorismo pode ser caracterizado como uma linha de pensamento político que defende a manutenção das instituições sociais tradicionais, dentre as quais pode-se citar, por exemplo, a família, a comunidade local e a religião. A manutenção de usos, costumes, tradições e convenções, também é perseguida pelo movimento, que vale dizer, cresceu muito no Brasil nos últimos cinco anos.
Com um discurso forte, que enfatiza a continuidade e a estabilidade das instituições, os conservadores, em regra, são contra a qualquer tipo de movimento revolucionário e não concordam com a maioria das políticas chamadas progressistas, dentre as quais é possível citar a legalização do aborto, a linguagem neutra em materiais didáticos e a ideologia de gênero dirigida a crianças e adolescentes.
A eleição de Jair Bolsonaro, pelo PSL (Partido Social Liberal), em outubro de 2018, para se tornar o 38º presidente do Brasil, deu início a um ciclo de reformas liberais na economia e fortaleceu o discurso conservador. Em novembro de 2021 o chefe do Executivo nacional se filiou ao PL (Partido Liberal) e verificou-se um crescimento exponencial dos partidários à agenda política da extrema direita no país.
No mesmo período, em Uberaba, uma mulher emerge como uma das principais lideranças da direita no interior de Minas Gerais. Em 2022 ela foi candidata a deputada federal e obteve quase 10 mil votos, sendo diplomada como 2ª suplente e credenciando-se como uma das principais representantes dos ideais conservadores na cidade. A coluna Acidez Urbana de hoje, 22 de dezembro de 2023, é com a presidente do PL Uberaba: Ellen Miziara.
Foto: Reprodução/Instagram/ @ellenmiziara
François Ramos (FR) – Quem é Ellen Miziara? Nos conte um pouco sobre você.
Ellen Miziara (EM) – Nascida e criada em Uberaba, tenho 35 anos. Sou filha do Edgar Romão, servidor público municipal e pedreiro e da Elza Terezinha, do lar. Irmã da Érika Capucci, confeiteira e do Eduardo Sousa, administrador de empresas. Casada com Lincoln Miziara, cientista da computação e meu conselheiro político. Passei boa parte da minha infância na roça do meu avô, que era pequeno produtor rural e também praticando esportes. Participei de várias competições municipais representando minha escola e Uberaba no time de handebol. Venho de família humilde, sempre estudei em escola pública, comecei a trabalhar aos 12 anos de idade montando barraca na feira, depois como vendedora em loja pet, auxiliar de cozinha e atendente de Banco Popular e recepcionista. Durante 5 anos trabalhei durante o dia para pagar minha faculdade à noite. Me formei em 2010, e agora sou psicóloga, especialista em Neuropsicologia. Eu não ganhei nada do “papai Estado”. A vida nunca foi fácil pra mim. Sempre lutei pelos meus sonhos! E estou conquistando! Por isso, sempre digo: “desistir não é uma opção.”
FR – Em 2022, você foi candidata a deputada federal e obteve 9.649 votos, sendo diplomada como 2ª suplente. Reconhecida como uma das representantes do movimento conservador, atualmente é a presidente do Partido Liberal (PL) em Uberaba e 2ª vice-presidente do PL Mulher estadual. Estas conquistas a credenciam como uma das novas lideranças políticas de Uberaba. Essa condição chega acompanhada de responsabilidade? Por quê?
EM – Quando saí candidata a deputada Federal pelo PL, em 2022, a convite da base do ex-presidente Jair Bolsonaro, eu tinha uma missão: fazer a direita crescer em Uberaba e região, fortalecer a política partidária de direita, defendendo nossos princípios e valores, que é hoje o decálogo do partido Liberal. Eu estava cansada de oportunistas de direita que se vestem de verde e amarelo durante as eleições, enganando a boa-fé de seus eleitores e depois que ganham seus mandatos, se vendem por emendas, ou votam vestindo vermelho. Então, quando falamos de responsabilidade eu me comprometi com o Presidente Nacional do PL Valdemar Costa Neto e com o presidente de honra do Partido, Jair Bolsonaro a vestir a camisa do partido, lutar para ocuparmos espaços, montar uma chapa forte de vereadores e viabilizar um candidato à prefeitura de Uberaba de direita/centro-direita. Fortalecer a base é a missão que nos foi dada. E se tem uma coisa que eu não fujo é de trabalho e responsabilidades. Dentro do que é possível, estamos caminhando!
FR – Nas eleições municipais de 2020, nomes conhecidos da política local, entre eles dois candidatos que ocuparam cargos de vereador e deputado estadual, foram derrotados nas urnas por uma mulher novata na política. Você diria que esse resultado demonstra a disposição do eleitor uberabense para uma proposta de renovação política na cidade?
EM – Uberaba, assim como outras cidades está cansada dos mesmos nomes, de falsas promessas e de sensacionalismo que na prática não resolve nada. A Elisa veio como uma via que se mostrou interessante aos olhos do eleitor porque o seu perfil fugia de tudo que o eleitor não queria naquele momento. Acredito que, analisando as eleições de 2020 hoje, a Prefeita ganhou em cima da rejeição dos demais. Uma vez que o eleitor já sabia de alguma maneira o que esperar dos outros, mas ela era diferente. Preferimos pagar pra ver. Uberaba ainda clama por renovação. Para uns essa onda passou, mas eu penso que as pessoas continuam cansadas das figuras públicas que apresentaram seus nomes, tanto é que nas eleições de 2022, em que pese ser um pleito diferente, o recado ficou ainda mais claro aos políticos locais: “estamos cansados dos mesmos nomes”. Resultado: não elegeu nenhum deputado estadual ou federal. Isso precisa ser levado em consideração. A população está cada vez mais consciente. Ou o político muda, se posiciona ou terá cada vez menos vez na política.
FR – A valorização da pátria, a crença em valores cristãos e a defesa da família tradicional constituem importantes pilares do movimento conservador. Na sua concepção é possível a construção de uma política democrática que concilie a estabilidade de instituições sociais tradicionais como a família, a comunidade local e a religião, com o respeito à diversidade presente em Uberaba?
EM – Respeito a família, aos valores cristãos e a Pátria, não significa ser uma coisa ou outra e desrespeitar a diversidade. Significa respeito em seu significado máximo! O que estamos vendo nos dias de hoje são pessoas usarem uma causa/bandeira para desrespeitar a crença e os valores que nortearam a sociedade até aqui e de quebra, quem ousa questionar é preconceituoso, racista, fascista, homofóbico e etc. Nós defendemos a liberdade! Que espécie de defesa da liberdade seria essa se valesse só para as coisas que concordamos. A construção de uma política democrática, está em exatamente buscar equilíbrio entre direitos e deveres para todos. Querer algo, ou usar de uma bandeira/causa, para ser mais, é privilégio e o poder público não pode ser usado para privilegiar algo em detrimento dos demais.
FR – Números do IBGE indicam que a quantidade de brasileiros em situação de pobreza caiu em 2022. Contudo, em Uberaba, de 2021 para 2022, houve um aumento de 12% no universo de pessoas nesta condição. Somam mais de 10 mil aqueles que vivem com renda mensal que varia entre R$89,01 e R$ 178. Levantamento da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Seds), realizado este ano, apurou 278 pessoas vivendo em situação de rua, na cidade. Áreas com grande circulação de veículos e/ou pedestres estão repletas de pedintes. O governo municipal pode reverter essa triste realidade social? Como?
EM – A Secretaria de Desenvolvimento Social é uma das grandes responsáveis por essa questão. Há anos ela vem sendo sucateada, deixada de lado, sendo que no meu entendimento é a porta de entrada ou a secretaria que coloca a prefeitura em contato com a população que mais precisa. Sobre a população de rua, é preciso avaliar cada situação. Tem pessoas que estão ali por problemas familiares, envolvimento com drogas, e, muitos, infelizmente, não querem sair das ruas. Por diversas vezes chegam a ser recolhidos e são levados para a casa de passagem, mas não ficam lá, pois, existem regras e horários a serem cumpridos. Eles acabam voltando pra rua, pois conseguem dinheiro e assim vão alimentando essa rotina. Uma maneira de reduzir esses problemas seria atuar em várias frentes, como: 1) Reestruturar e ampliar os CRAS (Centro de Referência de Assistência Social do município), conscientizando a todos sobre o seu; 2) Fazer uma política de conscientização com os moradores da cidade para não doarem dinheiro para os moradores de rua, pois isso reforça a prática deles continuarem na rua, muitas vezes fazendo uso de drogas e bebidas; 3) Incentivar e gerar oportunidades de estudo e trabalho seja no âmbito municipal seja em forma de PPP (Parceria Público-Privada).
FR – Outro grave problema para o Brasil é a educação. A cartilha e a tabuada foram banidas das escolas por estarem ultrapassadas, mas a impressão é que a cada dia as crianças estão aprendendo menos. Boa parte não tem sua alfabetização consolidada e encontram dificuldade para cálculos simples como somar ou subtrair. Como distanciar o sistema de ensino municipal desta incapacidade formativa que pode ser identificada em todo o país?
EM – A educação é um desafio. E não é apenas impressão que a cada dia pessoas saem, cada vez mais, das escolas, sem aprender. É a triste realidade, e, prova disso são os rankings mundiais que avaliam a educação como o PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), por exemplo. O Brasil está entre os últimos em tudo (matemática, leitura e ciências), isso é uma vergonha! Faz parte de uma agenda progressista que não quer formar indivíduos com pensamento crítico. Então vivemos uma realidade que temos alunos desmotivados e professores cansados, sobrecarregados e mal remunerados. Resultado: altos índices de evasão escolar e analfabetismo funcional, falta de respeito de alunos para com os professores. Em Uberaba, essa realidade não é diferente! Os Secretários municipais das últimas gestões, detonaram a educação. Alunos sendo aprovados sem saber fazer o mínimo e professores pressionados a passarem assim mesmo. A escola, para receber mais verba, tem que aprovar todo mundo. Essa lógica precisaria ser invertida, na minha opinião. Quanto menos aprovação, mais incentivo para escolas estarem preparadas para recuperar este aluno. Precisa ter coragem pra cuidar de uma secretaria como a educação! Coragem para atacar de fato as questões estruturais e investir em alfabetização pesada no município, inclusive estruturando a possibilidade de vouchers educacionais, isto é, a prefeitura pode e deve fazer parcerias com escolas particulares. Ao invés de construirmos mais escolas, usamos esse recurso para investir no aluno e na qualidade do ensino.
FR – Uberaba é uma das principais cidades do agronegócio em Minas Gerais. De acordo com a pesquisa “Produção Agrícola Municipal – PAM”, do IBGE, a cidade é a 2ª do estado e a 34ª do Brasil em produção agrícola. Como transformar essa pujança em vetor de mais desenvolvimento para a cidade em geral?
EM – Uberaba é uma cidade que respira agronegócio. Falta marketing do próprio setor e investimento em políticas público privadas para melhorar a realidade. Para se ter uma ideia, os livros do MEC (Ministério da Educação), que são distribuídos nas escolas, “vilanizam” o agronegócio, o colocando como responsável por desmatamento, queimadas, chamam os defensivos agrícolas de agrotóxicos, etc. É absurdo demais! E piora quando isso é ensinado dentro das escolas. Estão tentando destruir o agro na base. Neste sentido, é importante uma parceria entre secretaria de agronegócio e educação para levar a realidade do campo para dentro das escolas, criar conexão e valorizar o potencial do agro na nossa cidade. Além disso, outras alternativas são a valorização da Agricultura familiar que é voltada para o pequeno produtor e o incentivo de políticas públicas e mais uma vez a atuação da secretaria do agronegócio juntamente com a Fundação Cultural, realizando, divulgando feiras nas comunidades rurais, por exemplo. Não é preciso reinventar a roda, só é preciso fazê-la girar!
Foto: Reprodução/Instagram/@ellenmiziara
FR – Vários uberabenses, simpatizantes do ex-presidente Jair Bolsonaro, estão sendo acusados participarem de uma tomada ilícita de poder, inclusive com uso de meios violentos para derrubar o governo eleito. Mandados de prisão foram cumpridos recentemente na cidade. Qual é a sua opinião sobre os atos do 8 de janeiro de 2023, em Brasília, e a forma como o Judiciário tem tratado os investigados?
EM – Pessoas ficaram por mais de 60 dias acampadas na porta de quartéis sejam em Brasília, seja em seus municípios, inclusive em Uberaba. Durante esse tempo todo sempre de maneira pacífica e ordeira, sem causar nenhuma depredação a patrimônio algum e sempre com a anuência das Forças Armadas, que em nenhum momento solicitou a retirada das pessoas do quartel. Em minhas redes sociais, nos últimos dias do mês de dezembro, antes do fim do mandato do Presidente Jair Bolsonaro, havia gravado um vídeo e deixado claro meu posicionamento quanto o que a Direita precisaria fazer a partir de agora. Era momento de nos organizarmos, fortalecer as nossas bases, ocuparmos espaços e seguir lutando pelo nosso país de outras formas, pois não teríamos um resultado diferente em uma eleição em que o sistema trabalhou fortemente para eleger um “descondensado”. Afinal, quem em sã consciência, que preza pelo certo, que acha errado roubar e matar, gostaria de ter de volta na cadeira presidencial um (des)condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Um Ministro do STF chegou a dizer: “Vencemos o Bolsonarismo” e “Perdeu mané, não amola”. O fatídico 8 de janeiro, foi um momento totalmente fora dos padrões de qualquer manifestação da direita, que sempre foram pacíficas. As pessoas foram chegando na Praça dos 3 Poderes e já viram as vidraças quebradas e pouco policiamento. Não descarto os relatos de que infiltrados chegaram antes. Mas, infelizmente, alguns manifestantes acabaram influenciados e participaram do vandalismo de outros, que eram a maioria, viram a situação e saíram de lá ou entraram nos prédios, mas não quebraram nada. O fato é que essas pessoas não portavam armas. Levavam bíblias e bandeiras do Brasil na mão. Quando eu estudei sobre golpes, revoluções e guerras na escola, eu lia que era algo feito com bombas, armas, carros blindados, etc., e não vândalos, quebrando, pichando prédios públicos. Chamar o 08 de janeiro de golpe ou terrorismo, além de ser mais uma narrativa, é uma piada de mal gosto. Não sou a favor de depredações de prédios públicos ou privados e espero que os verdadeiros culpados sejam punidos devidamente. Mas o que estamos vendo, são atitudes autoritárias, sendo feitas à revelia da lei e uma verdadeira perseguição à direita ou a quem pensa diferente. Afinal, o que difere os vândalos do 08 de janeiro dos milhares de vândalos que colocaram fogo e depredaram diversos ministérios em 2017, durante o governo do Michel Temer? E os que praticaram quebradeira e agrediram policiais na ALESP (Assembleia Legislativa de São Paulo) na votação da privatização da SABESP nesse último mês? A diferença é que estes eram da esquerda, sindicalistas. Prenderam 3 pessoas de centenas que estavam lá e eles foram soltos no outro dia. Enquanto as pessoas que vestiam verde e amarelo, muitos ainda estão presos, mesmo sem provas, outros condenados a 17 anos de prisão e os que foram soltos estão usando tornozeleira eletrônica e sendo tratados como criminosos de alta periculosidade. O sistema está exposto e ele tem um lado. Só não vê quem não quer, ou está ganhando alguma coisa com isso!
FR – As eleições municipais estão se aproximando e muito se falou sobre uma aproximação do PL com a Prefeita Elisa Araújo, inclusive com possibilidade de a chefe do executivo trocar o Solidariedade pela legenda que você comanda. Essa negociação evoluiu? O Partido Liberal integrará a base da prefeita, que tenta a reeleição?
EM – A negociação não evoluiu. O convite foi feito e o que deixamos claro é que o PL terá candidatura própria em 2024. O partido nacional está trabalhando no fortalecimento de bases, isto é, prefeituras e vereadores. A meta nacional é fazermos pelo menos 1000 a 1500 Prefeituras. Como já disse, em Uberaba, a nossa missão é formatarmos uma chapa de vereadores competitiva e termos candidato próprio a Prefeitura. O convite foi feito a Elisa, fizemos uma reunião dela com lideranças, apoiadores e pré-candidatos a vereadores onde foi exposto pontos a serem melhorados na gestão e que ela se comprometesse com as pautas que o partido defende. O PL é um partido que hoje tem lado e queremos um candidato que defenda, lute e se comprometa com essas pautas que são: A Constituição, a defesa da família, a Liberdade de expressão e a liberdade econômica, o direito à vida desde a concepção, a propriedade privada, o legítimo direto a defesa, a agroindústria, contra a legalização de drogas e a redução de burocracias e impostos.
FR – A expressiva votação obtida por você na disputa por uma cadeira na Câmara dos Deputados e o trabalho que vem desenvolvendo à frente do PL Uberaba a credenciam entre as prefeitáveis para 2024? Caso não ocorra uma composição com a prefeita Elisa Araújo o Partido Liberal terá candidato próprio? Existe a possibilidade de você concorrer à chefia do Executivo ou a uma cadeira na Câmara de Vereadores no ano que vem?
EM – O fato de eu ter tido uma votação expressiva na eleição para deputado federal em 2022, com tão poucos recursos se comparado aos concorrentes, foi uma vitória política pra mim, e, isso só fez aumentar a minha responsabilidade com meus eleitores, tanto de Uberaba quanto da região. Se tem algo que me credencia tanto na disputa de uma vaga na Câmara de Vereadores, quanto à Prefeitura de Uberaba nas próximas eleições, é a minha trajetória de vida como um todo e não apenas as eleições de 2022 e a presidência do PL. O resultado que tive ano passado foi mais um reflexo disso! Não fujo da luta e não tenho medo de me posicionar, de correr atrás do que acredito e de trabalhar, tampouco de novos desafios. Sigo o lema do Ulisses Guimarães: “Política é como nuvem. Você olha e ela está de um jeito. Olha de novo e ela já mudou.” E neste sentido, os nomes que estão à disposição do Partido Liberal e de Uberaba para a eleição majoritária são o meu, Ellen Miziara, e o do Samir Cecílio. Não existe candidato de “mim mesmo” e neste sentido, estamos fazendo um trabalho em conjunto com o PL Nacional e com o PL Estadual, estudando as hipóteses e avaliando a viabilidade de cada nome com muita responsabilidade. E se for da vontade do Uberabense, estamos prontos para a batalha.
François Ramos – A partir de hoje a Coluna Acidez Urbana faz um recesso. Estarei de volta no dia 22 de janeiro de 2024, se Deus permitir. Esperamos que nosso contato, aqui pela Folha Uberaba, ao longo deste ano que se encerra, tenha sido tão salutar para o leitor quanto foi para mim. Possamos estar juntos novamente no ano que vem.
Que Deus abençoe o Natal de cada um de vocês e que não falte alimento na mesa de ninguém. Rezemos para um ano melhor para todos os brasileiros!