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Memorial Chico Xavier e curso de Terapia Ocupacional da UFTM iniciam projeto sociocultural

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O Memorial Chico Xavier e o curso de Terapia Ocupacional da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) iniciaram, nesta segunda-feira (7), ações em arte-educação, cultura e artes visuais. A parceria das instituições resulta na execução do projeto “As investidas do amor entre Chico e a Cidade: cartografias de afetos e memórias para um abraço mútuo”, que envolve alunos do curso, o Memorial e a comunidade do bairro Volta Grande.

O tema central do projeto são as memórias da população. “A proposta é trabalharmos a questão do pertencimento da comunidade frente ao Memorial e ao próprio Chico Xavier. Para isso, teremos intervenções artísticas e culturais para o registro das memórias dessas pessoas, fazendo também uma relação com direitos humanos, com a ideia de uma sociedade mais solidária e, principalmente, com os valores humanos, que Chico prezava muito”, explicou uma das professoras responsáveis pela iniciativa, Claudia Monteiro.

Atividades – Oficinas artístico-culturais sobre memória e afeto serão promovidas em praças públicas, escolas, centros comunitários e no próprio espaço do Memorial. O projeto também receberá a população em situação de rua, frequentadora do Centro de Referência Especializado para População de Rua (Centro POP).

Todas as ações serão construídas junto à população e será possível trabalhar, por exemplo, com a produção de fotografias-arte, photovoice, coleta e narração de histórias, produção plástica, colagens artísticas, produção de vídeos-arte, performances teatrais e de expressão corporal, entre outras atividades.

“O trabalho com o curso de Terapia Ocupacional certamente vai contribuir para a história do Memorial. A proposta é que os alunos conheçam o espaço e se apropriem dele para desenvolvimento de ideias e de propostas”, ressaltou o diretor do Memorial Chico Xavier, Carlos Vitor.

Memorial de todos – De dois em dois meses serão desenvolvidas ações de seleção de acervo, com o intuito de separar o material a ser usado na exposição final do projeto, que consiste na curadoria artística e museológica. A ideia também é destinar contações de histórias orais e escritas, registros fotográficos, vídeos, narrativas, registros gráficos e diários de campo para a produção de um curta-metragem, a ser lançado junto à exposição no final de 2022. Todo o material se transformará em um acervo popular e de aproximação afetiva entre o território e o Memorial.

Ação extensionista e estágio supervisionado- Todas as ações desenvolvidas no projeto apresentam a dimensão de ensino, pesquisa e extensão. Alunos do curso terão a oportunidade de estagiar na área sociocultural, além da iniciação científica e Trabalho de Conclusão de Curso.

“Teremos estágio supervisionado de Terapia Ocupacional, que é uma profissão que tem trabalhado já há bastante tempo com a museologia. Vamos trilhar esse caminho da acessibilidade cultural, tanto para pessoas com deficiência quanto para pessoas em vulnerabilidade social”, explicou Claudia.

“Morei no entorno do Memorial, com a minha família, então esse estágio está sendo nostálgico pra mim. Tenho muitas memórias afetivas pelo bairro. O Memorial é um espaço interessante, que vai possibilitar que nosso trabalho de TO seja bem desenvolvido. Vamos atuar com a comunidade e o Memorial é nosso ponto de partida e de encontro”, relatou a aluna do 6º período de Terapia Ocupacional, Priscila Crozara.

Para o projeto também foi feita uma parceria com o grupo de pesquisa Arte, Corpo, Cotidiano e Decolonialidade (Accorde), da UFTM, que atua na valorização de territórios, culturas e memórias.

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