A Companhia Operacional de Desenvolvimento, Saneamento e Ações Urbanas iniciou nova etapa de vistorias nas bacias hidrográficas, responsáveis pelo abastecimento de Uberaba. Nesta terça-feira (8) começaram as visitas às propriedades rurais que estão situadas na bacia do rio Claro, detentoras da outorga para captação de água no manancial. O objetivo é informar sobre a prioridade da Codau na retirada de água do rio para o abastecimento público.
A outorga é coletiva e dela participam os produtores rurais ligados à Associação dos Usuários das Águas da Bacia do Rio Claro (Auarc), bem como a Codau. A portaria de retificação do Instituto Mineiro de Gestão das Águas, nº 119 publicada em 07.12.2023, estabelece que na hipótese da vazão nos períodos de estiagem, atingir níveis insuficientes para garantir, simultaneamente as captações outorgadas, bem como fluxo residual, todos os autorizados deverão diminuir o volume das captações. Nesta situação, a prioridade de retirada da água será dada para a Codau. O sistema de transposição de bacia hidrográfica do rio Claro existe desde 2003 e neste ano o abastecimento de Uberaba é dependente dele em mais de 50%.
“O nosso objetivo é retomar toda a capacidade operacional do sistema de transposição do rio Claro para atender o abastecimento da cidade. No final de semana chegamos a uma situação muito crítica. Com a intensificação da seca e as altas temperaturas, a vazão do rio Claro entrou em declínio. A solução que a Codau busca é do diálogo com os produtores rurais, para que diminuam as irrigações permitindo uma melhora no volume remanescente do rio Claro e assim, possamos voltar a bombear mais água para o rio Uberaba. A lei prioriza o abastecimento público e estamos em busca deste equilíbrio agora”, ressaltou Rui Ramos, presidente da Codau.
As vistorias nas duas bacias hidrográficas são constantes e deverão permanecer até o final da seca deste ano.
